Na minha vida, até hoje, não me arrependi nunca do que
fiz.
Apenas do que fiquei de fazer e não fiz ou de, quando feito,
não ter sido tudo o que poderia ter sido.
Nunca me arrependi de palavras ditas, antes de palavras que não
soube inventar e ficaram por dizer.
Até hoje.
O arrependimento teria de pairar sobre mim como
nuvem negra.
Escurecendo o meu presente enredado em teias de
mentiras, ilusões e decepções.
Mas mesmo não ficando pedra sobre pedra, tropeçando nesse
enredo, caindo e levantando, ou secando, como um rio cansado e represado, continuarei
a ser o que sempre fui, mais diabo que anjo, levando nas minhas mãos, mesmo
ténue, a promessa de eternidade que faz de mim mais humano.
Mais uma vez, e a propósito, a música... Neil Young e uma das suas maravilhas,
Running Dry...
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