domingo, 23 de novembro de 2014

Perdido




A morte só dói a quem ainda não morreu a quem
nunca morreu e eu de vez em quando 
retorno à beleza do sonho e da noite num abrir
e fechar de olhos de delírio 
como se fosse um vírus sem nome 
permanente
esquecido de meio século que perdido levei
para te matar 
vestido com as máscaras fúnebres já gastas
que a manhã se cansou de me vender
ao acordar



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