Foste apenas sonhada
Em quadros de melancolia
Na sombra onde o vazio onde nem o vazio existe
Perdura
Nunca exististe
O sonho não existe
Ao contrário dos fantasmas que
Fluem murmurantes do veludo em
Que transmutei a tua pele
Fugindo
Do marmóreo passado embaciado
Onde sepultei sufocados
Os dedos que cresceriam na noite
Miragem no oásis
Em que imaginei a tua fonte
Dessedentei-me
E o teu sabor no
Mistério do silêncio
Tinha as cores que inventavam
O nascer do dia
Adormecido nas nuvens
Foste apenas sonhada
Repetidamente
Com a insistência de quem
Esqueceu como é sonhar
Incrível como é visível a tua vertente, acho aqui um pouco de Augusto dos Anjos e do próprio Nietzsche. Uma mistura de grandes mestres. Me diga, já publicou seu livro?
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