Tsunami
Sou cais, Em que muitas águas se recostamabraçando as ondas violentas coladas na pele nua do vento.Há um vórtice, vértice, inerte,
no voo secreto da gaivota muda e inquieta,
nas mãos que perdidas se tocam
beijando o outro lado do tempo,
dizendo "estou aqui e não posso ser o que não sou"
mesmo que o barco perca o caminho.
A saudade, essa, é sempre um destino.
Sou cais,
sou o que sou,
sem medo dos temporais.
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