Um rio na palma da minha mão
À noite não se vêem as árvores
escondidas no lençol negro
À noite não te vejo a ti
escondida dentro de mim
com os olhos nas estrelas
a pulsar no teu peito
É mais fácil ver o mar
ou talvez esteja enganado e seja
um rio que corre na palma da minha mão
quando te toco
À noite há colunas com dentes
sobrepostas no peito
quando adormeço depois
da dança selvagem das nossas línguas
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