Sabem o que são saudades? Claro. Todos nós, como portugueses, por mais frio, desprendido e empedernido que tenha o coração, sabemos o que são saudades. Até temos a arrogância de lembrar que só na língua portuguesa existe uma palavra específica para esse sentimento.
Mas essas são as saudades, embora podendo ser dolorosas, genéricas e quase banais.
Todos nós temos saudades de casa quando estamos longe (o tal homesick, inglês). Todos temos saudades de comer uma comida especial que não comemos há algum tempo, de um lugar de que gostamos e não temos oportunidade de revisitar, de pessoas que a vida não nos permite ver tantas vezes como gostaríamos.
Mas essas são saudades de desejo. De vontade.
Mas essas são as saudades, embora podendo ser dolorosas, genéricas e quase banais.
Todos nós temos saudades de casa quando estamos longe (o tal homesick, inglês). Todos temos saudades de comer uma comida especial que não comemos há algum tempo, de um lugar de que gostamos e não temos oportunidade de revisitar, de pessoas que a vida não nos permite ver tantas vezes como gostaríamos.
Mas essas são saudades de desejo. De vontade.
Eu falo das saudades da perda, da eternidade "sem", do "não voltar a ter ou sentir".
Falo das saudades que têm vida própria. Aquelas que aparecem quando queremos não lembrar, quando queremos tentar esquecer - como se fosse possível -, e entram por nós como castelo conquistado, sem portas nem muros, sem pedir licença ou perdão, e se instalam no peito roendo as nossas entranhas, sem podermos fazer o que quer que seja para as vencer.
São umas saudades violadoras, violentas, sem compaixão ou misericórdia, que nos despedaçam, estropiam.
Andamos pelas ruas vazios, como casulos ocos, sem a alma que os abandonou e está longe, tão longe como a distância que vai de nós para quem nos deixou perdidos e nos esqueceu.
Nunca mais voltamos a ser os mesmos.
São dessas saudades que falo. Que tornam tudo cinzento e nebuloso, que nós matam lentamente, pouco a pouco, cada dia.
E só sabemos que estamos vivos porque sangramos. Só por isso e nada mais.
Falo das saudades que têm vida própria. Aquelas que aparecem quando queremos não lembrar, quando queremos tentar esquecer - como se fosse possível -, e entram por nós como castelo conquistado, sem portas nem muros, sem pedir licença ou perdão, e se instalam no peito roendo as nossas entranhas, sem podermos fazer o que quer que seja para as vencer.
São umas saudades violadoras, violentas, sem compaixão ou misericórdia, que nos despedaçam, estropiam.
Andamos pelas ruas vazios, como casulos ocos, sem a alma que os abandonou e está longe, tão longe como a distância que vai de nós para quem nos deixou perdidos e nos esqueceu.
Nunca mais voltamos a ser os mesmos.
São dessas saudades que falo. Que tornam tudo cinzento e nebuloso, que nós matam lentamente, pouco a pouco, cada dia.
E só sabemos que estamos vivos porque sangramos. Só por isso e nada mais.
I know I had the time of my life...
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