Todos temos uma última viagem a fazer.
Uma viagem a um lugar exótico e distante dentro de nós onde
existiremos sem disfarces, sem máscaras.
Seremos apenas o que somos, aquilo que tentamos não mostrar,
esconder, dos outros e de nós próprios.
Pode acontecer que essa descoberta nos assuste.
- Esse não sou eu! Diremos, com a inocência de quem sempre
tapou o sol com a peneira da vaidade.
Uma última viagem a fazer em que deixamos para trás,
definitivamente, pessoas, lugares, recordações, como bagagem supérflua,
defeituosa, de baixa qualidade.
Provavelmente por nunca terem merecido o nosso querer, o nosso
desejo, por nunca terem merecido o valor que lhes demos em dado momento da
nossa vida.
Ficará só o essencial e verdadeiro.
Muitos nunca a chegarão a fazer por não saberem ou não quererem.
Eu sei que tenho.
Espero ter tempo.
Entretanto, Neil Young fez a sua última viagem há muitos anos... a Tulsa
(e ao som desta viagem, muitas outras "trips" fizemos...)
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