quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Para ti, que partiste

A morte é solitária.
A despedida, a partida.
Será que a companhia de quem amamos nesse preciso momento faz a diferença?
Será que sentem o nosso amor, o nosso carinho? Será que ajuda de qualquer forma na transição saber que somos amados?
Poderia ter feito mais por ti? Claro que sim, podemos fazer sempre mais quando deixamos de estar centrados no nosso umbigo.
Perdoa-me, por isso. Por ser preguiçoso, egoísta. Por assumir que não partirias já. Por ter esperança.
Cada minuto conta, eu sei. E cada segundo desses longos minutos devem ser aproveitados. Quantas vezes já aprendi isto e continuo a fazer sempre tudo ao contrário…
Agora é tarde. Resta apenas a lembrança e a dor que me acompanhará.
Já não estás cá para me perdoares, e eu suportaria melhor a tua ausência se soubesse que naquele momento foi importante para ti a minha presença.
Essa dúvida assombrar-me-á para sempre.

Espero ter aprendido a lição que não devemos esperar perdão mas, sim, mudar o que fazemos enquanto é tempo…


Para ti, e para mais alguém, porque a morte assume muitas formas... always on my mind...



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