A morte é solitária.
A despedida, a partida.
Será que a companhia de quem amamos nesse preciso momento
faz a diferença?
Será que sentem o nosso amor, o nosso carinho? Será que
ajuda de qualquer forma na transição saber que somos amados?
Poderia ter feito mais por ti? Claro que sim, podemos fazer
sempre mais quando deixamos de estar centrados no nosso umbigo.
Perdoa-me, por isso. Por ser preguiçoso, egoísta. Por assumir
que não partirias já. Por ter esperança.
Cada minuto conta, eu sei. E cada segundo desses longos minutos
devem ser aproveitados. Quantas vezes já aprendi isto e continuo a fazer sempre
tudo ao contrário…
Agora é tarde. Resta apenas a lembrança e a dor que me
acompanhará.
Já não estás cá para me perdoares, e eu suportaria melhor a
tua ausência se soubesse que naquele momento foi importante para ti a minha
presença.
Essa dúvida assombrar-me-á para sempre.
Espero ter aprendido a lição que não devemos esperar perdão
mas, sim, mudar o que fazemos enquanto é tempo…
Para ti, e para mais alguém, porque a morte assume muitas formas... always on my mind...
Também passei por momentos bem parecidos, sei o quanto dói.
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