Janeiro 2012
Perfeito
Eu não sou perfeito.
Mas encontro os momentos perfeitos
quando deixas que as minhas mãos te amem sem jeito.
Encontro os momentos perfeitos, sábios,
Encontro os momentos perfeitos, sábios,
quando vejo nos teus olhos essa dança sem vergonha de quem ama,
janela de tempo com sabor indecifrável
que nasce num murmúrio dos teus lábios.
Quando faço da planície perfeita do teu ventre maleável
o meu mais doce e deslumbrante leito.
E é perfeito.
Onírico
Sonho contigo
Acordas-me voraz
Devorando o interior das luzes opacas
Da cidade
Solicitas a passagem
Por terras de ninguém
Onde florestas inominadas
Querem saber de ti
E do mistério de gazela
Nas tuas pernas
Sonho contigo
As tuas mãos
Repletas de outros sonhos
Dilacerados pelos lábios da vontade
Reais como cerejas
Diamantes do milagre plantado
No umbigo da esperança
Sonho contigo
Como todas as noites em piercings de veludo
Em que te amo-exploro-conheço e não me canso
Dos segredos de estátua viva
No cortejo de sabores de quebra-mar
Nele permanecendo resistindo
Às vagas sucessivas do teu corpo
Sonho contigo
Desde que o universo
Se tornou biverso na nossa conjunção
Encruzilhada decantada de alocuções mágicas
Rituais serenos
Que pronuncias num êxtase de contracção
Ansiado por desdenhosos deuses infinitos
Que nos tangem mortais
E prometes o amor e a eternidade
Do nascer dos dias
Acordas-me voraz
Devorando o interior das luzes opacas
Da cidade
Solicitas a passagem
Por terras de ninguém
Onde florestas inominadas
Querem saber de ti
E do mistério de gazela
Nas tuas pernas
Sonho contigo
As tuas mãos
Repletas de outros sonhos
Dilacerados pelos lábios da vontade
Reais como cerejas
Diamantes do milagre plantado
No umbigo da esperança
Sonho contigo
Como todas as noites em piercings de veludo
Em que te amo-exploro-conheço e não me canso
Dos segredos de estátua viva
No cortejo de sabores de quebra-mar
Nele permanecendo resistindo
Às vagas sucessivas do teu corpo
Sonho contigo
Desde que o universo
Se tornou biverso na nossa conjunção
Encruzilhada decantada de alocuções mágicas
Rituais serenos
Que pronuncias num êxtase de contracção
Ansiado por desdenhosos deuses infinitos
Que nos tangem mortais
E prometes o amor e a eternidade
Do nascer dos dias
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