Quero esquecer-te
mas não sei bem como fazer
Talvez porque me prometeste
poder voltar ao dia
em que o teu cabelo tocou
as mãos vivas
envolvendo os dedos
impregnando a pele
dissolvendo-se dentro da concha
que o peito um dia abriu para ti
Apenas para ti
Do teu tamanho e só do teu tamanho
Quero esquecer-te
mas não sei bem como fazer
Que o teu silêncio não serve
e as coisas não acontecem assim
Onde os teus olhos geraram as estrelas
ficou um alambique feito carne
que destila apenas perfume
feito da essência do que foi e da saudade
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