domingo, 23 de novembro de 2014
Perdido
A morte só dói a quem ainda não morreu a quem
nunca morreu e eu de vez em quando
retorno à beleza do sonho e da noite num abrir
e fechar de olhos de delírio
como se fosse um vírus sem nome
permanente
esquecido de meio século que perdido levei
para te matar
vestido com as máscaras fúnebres já gastas
que a manhã se cansou de me vender
ao acordar
domingo, 2 de novembro de 2014
Passados VII
O Beijo (The Kiss)
Andas por mim como se tudo fosse teu.
Andas não, flutuas, danças, ou sou eu que te vejo assim.
Então sorris.
Com aquele trejeito especial, arqueando os lábios.
Toda tu sorris.
Os teus olhos sorriem.
A tua pele sorri.
As minhas mãos sorriem no teu sorriso.
E nos teus lábios eu flutuo também.
Colada a mim.
Andas não, flutuas, danças, ou sou eu que te vejo assim.
Então sorris.
Com aquele trejeito especial, arqueando os lábios.
Toda tu sorris.
Os teus olhos sorriem.
A tua pele sorri.
As minhas mãos sorriem no teu sorriso.
E nos teus lábios eu flutuo também.
Colada a mim.
fevereiro 3, 2012 - 22:54
Tu e Eu
A intensidade do dilúvio
Que escapa em delírio na tua voz
Sobrepõe-se à música que os meus dedos ouvem
Ao desmontar os segredos pendurados na tua pele.
És tu e eu.
E a mistura de sabores no arco-íris
Que escondes na ponta da tua língua.
Lanças-me o desafio que guardas no limite dos meus lábios
Esquecidos da simplicidade húmida da chuva.
E passeias, ondulas, na superfície onde deito pétalas de flores
Que não sabia arquejantes e coloridas
Quando as colheste para mim.
És tu e eu.
E assim ficamos lembrando o leito da manhã imóvel
No balanço entoado dos nossos corpos.
Que escapa em delírio na tua voz
Sobrepõe-se à música que os meus dedos ouvem
Ao desmontar os segredos pendurados na tua pele.
És tu e eu.
E a mistura de sabores no arco-íris
Que escondes na ponta da tua língua.
Lanças-me o desafio que guardas no limite dos meus lábios
Esquecidos da simplicidade húmida da chuva.
E passeias, ondulas, na superfície onde deito pétalas de flores
Que não sabia arquejantes e coloridas
Quando as colheste para mim.
És tu e eu.
E assim ficamos lembrando o leito da manhã imóvel
No balanço entoado dos nossos corpos.
janeiro 3, 2012 - 19:06
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