segunda-feira, 21 de outubro de 2013

« Pardonnez-moi, la vie m'est insupportable »


Foi com estas palavras, deixadas numa nota encontrada na casa onde vivia e se suicidou, em 3 de Maio de 1987, que Dalida se despediu do mundo.

Mulher de causas, abraçando a luta contra a sida, defensora das rádios livres ou "piratas" e do "gay-pride", Dalida foi uma mulher profundamente marcada pelo suicídio de alguns dos seus companheiros e em depressão constante.


Um desses episódios trágicos e mais importantes acontece a 27 de Janeiro de 1967. Dalida participa, com Luigi Tenco, seu companheiro, no Festival de San Remo. Ciao amore ciao era o nome da canção que acabou eliminada. Luigi não suporta a desilusão e suicida-se com um tiro na cabeça, na mesma noite em que tinham decidido anunciar o seu futuro casamento. A 16 de Fevereiro ela volta a interpretar Ciao amore ciao com a intenção de não cantar mais. Dez dias depois tenta o suicídio pela primeira vez.

Nunca recuperará, verdadeiramente, da morte daquele que é considerado o grande amor da sua vida.

Dalida, com a sua tragédia, a sua música e as causas que abraçou, transformou-se num mito. A par de Édith Piaf, Dalida foi considerada a cantora popular francesa mais marcante do século XX, segundo sondagens efectuadas em 2001.

Ciao amore ciao…







Sem comentários: