E naquele templo abandonado onde só subsistiam da sua grandeza pedaços empoeirados de vidro colorido e chumbo do que outrora eram vitrais onde raios de luz dançavam nas sombras chamando por um deus sem vontade, ecoaram os meus passos. Cada pedra transpirando o sofrimento dos crentes esquecidos entre lágrimas de sangue.
Rezei. Um mantra sem nexo. Porque, reza a história, depois de mim ele ainda estará lá, pedra sobre pedra. Imóvel, frio e indiferente como o deus de raiva que o habitou e foi idolatrado.
A essência, a vida, o elan vital, o sagrado não estava lá mas sim nos meus braços e mãos.
terça-feira, 4 de dezembro de 2018
Ruínas
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4 comentários:
Que lindo texto. Sua concepção do absurdo é sensacional.
Escreva mais. Estou com sede de textos bonitos.
Obrigado
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