sábado, 21 de junho de 2014

Veneno

Por vezes lembro-me de ti
Com a mesma leveza infalibilidade e indiferença
Com que a terra vê a chuva desvanecer-se
No odor da manhã
Deixaste de ser o templo
No qual espreguiçava o meu corpo
Em orações ímpias perdidas no tempo
E na monotonia profana do teu coração
Por vezes lembro-me de ti
Como um ácido ou veneno
Corroendo o que sobrou de mim

1 comentário:

Ana Carvalho disse...

Que veneno é esse que só te fez bem? A inspiração veio e ficou.