Mas não passa de uma ilusão.
E quando nos compenetramos desse facto gera-se um conflito irremediável em nós, um choque de realidade em catadupa, uma dissociação quase mortal.
Principalmente em relação às palavras, ditas ou escritas. São apenas rabiscos num papel ou traços no ecrã do computador. E damos-lhes tanta importância. Uma importância que não estão preparadas para suportar.
Ao fim e ao cabo a língua falada ou escrita não passa de uma mera convenção para nos entendermos. Ou não. Nada mais que isso, uma frágil convenção que não abrange sentimentos. Só definições e rótulos.
Mesmo que, por vezes, a sua beleza nos leve a pensar que são importantes e significam.
Ao fim e ao cabo são apenas palavras, palavras...
Com a ajuda da Dalida... Parole, parole...
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