O pior que pode acontecer a um ser humano
é a não-existência.
Não estamos mortos nem vivos, e ninguém chora por nós.
Ninguém ama, ninguém odeia. Não há tranquilidade ou raiva, não há desejo nem falta de desejo. Não há nada. Um vazio infinito, eterno e completo.
Um vácuo quântico.
E, ainda assim, temos a noção que
respiramos, temos a noção da dor, da beleza, da vida.
Somos como pessoas invisíveis com volume, mas que nem com óculos 3D darão por nós.
A linha da vida torna-se plana como a de um monitor cardíaco na morte dos sentidos.
Olhamos em redor e estamos noutra dimensão. Tudo o que nos resta é uma melodia persistente que ecoa e que nos lembra que um dia fomos alguém.
Ou talvez não.
Que raio de sexta-feira!
Sem comentários:
Enviar um comentário