quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Touch me



Há poucas coisas que me surpreendam.
Neste meio século (e mais qualquer coisa) de vida já vi de tudo, experimentei muita coisa.
O final dos anos 60 e os anos 70 foram pródigos em experimentações.
Tive muitas amizades. Algumas acabaram por acabar, outras acabaram porque a vida resolveu pregar uma das suas partidas favoritas que, mais cedo ou mais tarde, todos temos de enfrentar. 
O que é curioso, talvez porque fiz tudo o que queria fazer - com uma excepção que falarei noutra altura - é que, sinceramente, não tenho medo da morte.
A morte, o momento exacto, é apenas um e acaba tudo.
É por isso que da vida é que temos de ter medo. E eu tenho, confesso.
Quando entramos neste mundo ninguém tem a amabilidade de nos dar um manual de instruções. Nem dentes nos dão. E temos que ir aprendendo ao longo do tempo a difícil arte de nos equilibrarmos mantendo esse outro equilíbrio, o mental.
Como dizia o Rei Lagarto, daqui ninguém sai vivo. 
Mas o busílis está naquele intervalo de tempo entre a entrada e a saída.

Ora por falar em Rei Lagarto...




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